domingo, 11 de janeiro de 2009

Parada: Porto Velho 3 - Parte 1

Buenas meus caros! Trago ótimas notícias, enfim consegui me infiltrar na vida real de Porto Velho. Tudo graças ao bar, esse antro abençoado de possibilidades infinitas. Contarei tudo em detalhes, em posts seguidos e conectados. Travei conversa com vários personagens, inclusive Orlando, um carioca que aqui chegou em 1981 e que, em minha opinião, guarda a história mais interessante.

Quem vem acompanhando o blog leu que minha idéia era pegar um cinema na sexta-feira, visto meu total deslocamento na cidade, não conhecendo nada nem ninguém em PV (como usamos BH em Minas, aqui usa-se PV). Bem, minha alma chorou quando rumei para o cinema e gritou com toda força: "Porra, você está em um lugar totalmente novo, diferente de tudo que viu, e vai para o cinema? Que espécie de merdinha é você? Ponha a cara na rua e descubra, seu trabalho é esse!".

Devido a esse singelo diálogo interior, desisti de assistir "O Dia em que a Terra Parou" e saí, caminhando. Depois de rodar por uns quarenta minutos por uma parte da cidade que ainda não tinha visitado, deparei-me com uma quadra que abriga diversos bares e que, depois viria a saber, tem a alcunha de "Calçada da Fama". Enfim havia descoberto o local do movimento (no bom sentido). Nesse quadrado do álcool há bares e boates, estabelecimentos chiques e outros mais amenos, mais informais. Puxei uma cadeira no bar do Pimenta, pois o local era o mais voltado para o estilo boteco, o que se confirmou posteriormente. Uma porta, salgados velhos na estufa, banheiro apertado, coroas enchendo a caneca, todos zoando todos no cubículo de paredes bicolores, laranja e branco. Tomei assento em uma mesa na calçada e logo chegou o Pimenta, um senhor de uns 65 anos mais ou menos, grande simpatia e riso farto na cara. Pedi uma cerveja e acendi um cigarro.

Por 1h fiquei assim, sozinho, fumando e bebendo, assistindo a maneira como os porto-velhenses aproveitam a noite. Foi quando começou uma baita chuva, a tropical de verdade, grossa e rápida, suficiente para molhar tudo e todos num piscar de olhos. Busquei refúgio no interior do Pimenta (sem maldade, por favor), que já se encontrava empapuçado. No meu canto, ainda calado, observava as brincadeiras entre os amigos quando a deixa maior foi dada: alguém tocou no assunto Atlético Mineiro. Como o pistoleiro mais rápido do oeste, disparei certeiro: "Do Galo eu entendo, sou do terreiro das Minas Gerais e atleticano puro-sangue". A partir daí minha estada em Porto Velho deu uma guinada.

2 comentários:

Frederico disse...

dentro do pimenta tava confortável?

hahahahha

boz zubías, blog tá doido demais
!

Sandro Almeida Santos disse...

e viva o bar!!!!!