quinta-feira, 31 de julho de 2008

Aqui só não pode mijar



Segundo informa o Blog do Josias, há 10 dias desembarcou no Supremo Tribunal Federal um processo em que o réu é acusado de “ato obsceno”. Motivo: o rapaz tirava água do joelho na rua, durante o carnaval em Diamantina, quando foi surpreendido pela polícia.

O sujeito foi então encaminhado até a delegacia, onde foi autuado. O Ministério Público encaminhou denúncia contra o mijão, que foi aceita pela juíza da comarca local com base no artigo 233 do Código Penal.

O acusado contou com a rapidez de seu advogado, que enviou ao STF um pedido de habeas corpus e de cancelamento do processo. A ação ainda não teve um desfecho.

Então é isso. A maior instância jurídica do país se prestando a julgar casos de incontinência urinária, catalisada pela pujança do carnaval e por algumas latinhas de cerveja (quem sabe algumas doses também). Num dia o STF concede a liberdade ao maior criminoso do país, Daniel Dantas. No outro julga a soltura indevida de um xixi em dia de carnaval.

Normal em se tratando de Brasil. Num país de merda, cadeia para o xixi. E asas para todos aqueles que vocês sabem quem são!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

!

As palavras têm que ser suaves. Os argumentos é que precisam ser fortes.
Tadeu Comerlatto

terça-feira, 29 de julho de 2008

Dois quilos, por favor

Deus é o maior açougueiro do universo. Da costela tirou filé mignon.

Ôh dó!


Claudia Leitte está carente (G1)

Vem pra cá então neném!

Gente

Todos pensam que não podem errar, que não podem vacilar, que não podem ser ridículos, que não podem tombar, que não podem falhar, que não podem se entristecer, que não podem desistir, que não podem pecar. Mas ninguém pensa que é gente, e gente faz tudo isso, todo dia, toda hora.

O bafo da onça

Fotos: Dário Félix

Este é Onça. Ele gosta de beber. Prefere cachaça, mas enfia goela abaixo o que aparecer, em estado líquido, que fique claro. Onça se presta a comandar o trânsito de Rio Piracicaba, minha querida terra, nas horas caóticas, entre 18h30 e 18h31, quando se cruzam dois carros, um caminhão e quem sabe uma carroça ou uma bicicleta na curva do açougue, próxima à ponte sobre o rio que batiza a cidade. Nesses momentos Onça entra em ação, assobia, ameaça, se diz oficial da lei, manda prender e soltar. Dizem que ele é doido. Não sei. Nunca o vi sóbrio, ou seja, um sujeito desse tem algo que nós não temos. Recentemente sofreu um derrame, mas ainda assim não se levantou da mesa. Ainda mama na garrafa, de pinga. Ele não tem mais dentes, apenas alguns resquícios pontiagudos e pretos na boca. Creio que Onça seja inofensivo. Mas não poria minha mão no fogo. O que Onça acha de nós? Ele não dá a mínima. Simplesmente pensa assim: fodam-se! Certo? Errado? Quem é capaz de apontar? Desde criança o vejo assim, nesse eterno amor com a embriaguez. Aposto, Onça nunca sofreu de depressão, não se preocupa com a inflação dos alimentos, não tem que acordar cedo, não paga imposto, não recebe salário (por isso não se preocupa quando ele está no fim), não passa fome, não tem dor de cabeça (segundo ele mesmo diz), não tem filhos (também não tem que pagar pensão), não duvida de Deus, não acredita nos políticos (mas sempre está perto de algum deles), tem elevada auto-estima. E é profundo conhecedor das leis de trânsito. Ainda não sei como reagiu com os motoristas após a entrada em vigor da lei seca. Acho que ele não perdoaria ninguém, afinal sempre respeitou a lei, por isso mesmo nunca comprou um carro. Onça gosta de filar cigarros. Enfim, Onça é como alguns de nós, e melhor que outros.

Acima e ao lado, Onça transgride as regras do capital e dorme dentro do auto-atendimento do BB de Piracity. Um contestador nato, diria, além de muito esperto. Era verão, noite quente, e lá tem ar-condicionado.

domingo, 27 de julho de 2008

O jovem amarelão


O artigo abaixo, publicado hoje na Folha de S.Paulo, se refere à pesquisa, realizada pelo Datafolha, que traçou o perfil do jovem brasileiro. Parece ser uma pesquisa abrangente, onde 1.541 jovens foram entrevistados em 168 cidades, capitais e do interior. A constatação suprema: o jovem brasileiro é tão ousado quanto uma freira. Quer um curso de graduação, um bom emprego, casa, carro e família. Argh!

Assim, tudo indica que o mundo tende a se tornar cada vez mais monótono. A quem caberia criar algo novo restou apenas cacos de sonhos já gastos. É apenas minha opinião. Queria um pouco mais de irresponsabilidade nessa pesquisa, um sintoma robusto de juventude.

Mas não, pessoas de minha idade se preocupam em adquirir e reproduzir um modo de vida medíocre. Tudo bem, trabalhar é necessário, claro. Como pagaria meu prazer? Ninguém oferece as benesses de mão beijada, não existe almoço grátis. Mas daí a classificar isso como sonho, como objetivo de vida, é muito pouco.

Eu sonho em ser autônomo, absolutamente livre no pensar, tranquilo em minha condição de ser humano que um dia morrerá e que não tem importância considerável para o funcionamento do mundo. As pessoas passam, algumas deixam marcas, outras não, é indiferente, a história continuará a ser contada de qualquer maneira. Sonho em chegar ao fim da vida quite comigo mesmo, olhando meu rosto no espelho de igual pra igual. O resto é secundário.

Abaixo o artigo, no qual Calligaris se pergunta se um dia já existiu a juventude como a imaginamos. Ele acredita que não, eu penso que sim.


A ADOLESCÊNCIA ACABOU?

Contardo Calligaris

A pesquisa de hoje mostra a mesma coisa que, aparentemente, descobrimos a cada vez que sondamos os adolescentes: eles são tão caretas quanto a gente, se não mais.
Eles se preocupam sobretudo com família, saúde, trabalho e estudo. Seu maior sonho é a realização profissional -não empreendimentos fantasiosos, mas o devaneio de qualquer mãe de classe média: ser médico, advogado ou encontrar um bom emprego que lhes garanta casa própria e carro.

Em matéria de política, a maioria se posiciona à direita ou ao centro e não tem interesse em participar de movimentos sociais. Eles têm opiniões parecidas com as da média nacional: são contra a legalização do aborto, contra a descriminalização da maconha e a favor da diminuição da maioridade penal. Sobre a pena de morte, estão divididos meio a meio.

Não são aventurosos: têm pouca vontade de viajar e estão preocupados com a violência. Na hora do sexo, têm muito medo da Aids.
Quanto às drogas, espantalho dos pais, eles preferem a que os adultos se permitem, o álcool.

Cúmulo para quem imagina que os adolescentes sejam contestatórios: em sua maioria, eles acham que o que aprendem na escola é de grande utilidade para o futuro.
Em suma, a surpresa da pesquisa de hoje não está nos resultados, mas no nosso susto ao lê-los: ainda acreditávamos numa visão cinematográfico literária da adolescência. Ou seja, supúnhamos que os adolescentes fossem insubordinados e visionários. Será que já foram e desistiram? Ou será que nunca foram, como sugere a comparação com a pesquisa Datafolha de 1998 e com outra, da revista "Realidade", de 1967?

A adolescência como época separada e específica da vida foi inventada nos anos 1950 e 1960. É nessa época que o cinema e a literatura (narrativas inventadas pelos adultos) criaram a figura do adolescente revoltado, ao qual foi confiada a tarefa de encenar as rebeldias inconfessáveis e frustradas dos adultos.

Uma explicação materialista para esse fenômeno diz que, no quase pleno emprego do pós-guerra europeu e americano, era bom que os jovens levassem mais tempo antes de chegar ao mercado de trabalho; ou, então, que um tempo maior de preparação e estudo era exigido por um mercado de trabalho cada vez mais especializado.

Outra explicação, menos materialista, diz que os adultos, na pequena prosperidade do pós-guerra, achavam sua vida um pouco chata (e era, de fato, mais do que nunca, massificada). Os adultos, portanto, sonhavam com aventuras às quais pareciam ter renunciado em troca de uma casa, um liquidificador, dois carros e uma TV. E eles inventaram a adolescência como encarnação de sua vontade de uma vida menos enlatada.
A invenção cultural da adolescência nem sequer transformou a maioria dos adolescentes em rebeldes. Mas produziu um clima suficiente para que, aos 20 anos, alguns membros da geração nascida logo após a guerra chutassem o balde que os adultos queriam, mas não sabiam chutar: contracultura, aspirações sociais, revolução sexual etc. O mundo ficou melhor para todos.

Mas foi um momento especial, em que a insatisfação reprimida dos adultos do pós-guerra delegou aos jovens uma missão quase revolucionária. Desde então, é como se a adolescência tivesse perdido sua razão de ser.

Resta, aos adultos, a expectativa de que os adolescentes corram os riscos que a gente não quer mais correr ou nunca quis, de que eles sejam nossa face audaciosa, sedenta de experiências e de terras incógnitas, generosamente preocupada com um mundo melhor. Mas é uma expectativa vaga, que se confunde com nossa vontade periódica de tirar férias.

Hoje, quais são nossas aspirações extraordinárias e escondidas? Quais os sonhos que os adolescentes defenderiam e encenariam para nós? São apenas visões de nós mesmos, um pouco mais bem-sucedidos.

O tempo da adolescência acabou. O que sobrou dele? Talvez apenas uma trilha sonora.

Os novos muros

Os novos muros negam ao trabalho mal remunerado o mesmo direito universal de ir e vir concedido ao capital global.

Apresenta-se como vantagem da era contemporânea a liberdade do dinheiro de passear pelo mundo. A pecúnia não tem pátria. Vai para onde ganha mais.

Aos pobres sonega-se a ousadia da desenvoltura. Quem ousa pular os novos muros é tratado com prisão, humilhação e deportação.


Via Blog do Josias

Outra forma de lutar


MST cria sua própria estrutura de ensino

Escola financiada por Chávez forma pedagogos técnicos em agroecologia

A educação é hoje uma das principais preocupações do MST. Além de pressionar o Incra para a criação de mais vagas para os assentados em universidades públicas, o movimento também monta aos poucos sua própria estrutura de escolas. São exemplos disso a Escola Latino-Americana de Agroecologia e a Escola Nacional Florestan Fernandes, que ministram cursos de especialização de nível superior.

A Escola Latino-Americana, montada com recursos oferecidos pelo presidente Hugo Chávez, da Venezuela, funciona no município de Lapa, região metropolitana de Curitiba, e forma pedagogos especializados em agroecologia. Segundo seus diretores, defende uma nova matriz de produção rural, que leve mais em conta questões políticas e ambientais.

A Florestan Fernandes, situada no município de Guararema, interior de São Paulo, tem um leque mais amplo de cursos e atua como parceira de algumas universidades. É o caso da Fundação Santo André, instituição municipal da região do ABC paulista.

Em 2005, quando a fundação e o Pronera firmaram um convênio para a criação do curso de bacharelado em gestão de organizações sociais e cooperativas, ficou combinado que parte do curso seria ministrada na Escola Nacional.

As escolas do MST também oferecem cursos de formação política para seus militantes.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas hoje nos assentamento está relacionada ao ensino médio. Em algumas regiões fala-se em envelhecimento da população da reforma, devido ao fato de a grande maioria dos jovens mudar para a cidade, para cursar o ensino médio. Essa não é uma dificuldade só dos assentamentos: atinge outros setores da zona rural.
(Estadão)

Mas e aí? Não é justamente isso que é cobrado do MST? Que seus assentamentos produzam, sejam auto-sustentáveis? Como se conseguirá isso sem educação? Não é correta a idéia de formar uma geração de integrantes qualificados, para que possam promover essa mudança? O errado é misturar a política? O MST é uma organização eminentemente política, com objetivos traçados, ideologia arraigada, estrutura hierárquica bem delineada, desfrutando de aliados e inimigos. É normal e recorrente que esse tipo de organismo se preocupe com a formação intelectual dos sucessores, para que o movimento não perca sua marca, sua alma.

Que fique claro, tenho conhecimento pleno dos desvios que alguns integrantes da cúpula do MST insistem em cometer, valendo-se da mobilização de milhares para promover interesses individuais. E estes são os que acabam por influenciar as ações da base, composta pelos que dormem em barracas de lona preta. O Movimento tem um milhão de erros, imperfeições, radicalismos e anacronismos. Concordo. Mas possui também um milhão de acertos.

Procurem se informar sobre os assentamentos que deram certo, alguns com cerca de seiscentas pessoas vivendo em um abiente totalmente comunitário, de produção coletiva e partilha igualitária dos lucros, comercializando uma variada gama de mercadorias derivadas da pecuária e agricultura. Estes assentamentos possuem regras claras, como a pena de expulsão para o roubo, por exemplo. As delinquências têm um nível de ocorrência muito baixo ali. Estas localidades baseiam-se no investimento visando a aprimoração da produção, tal qual uma empresa que trabalha pelo seu crescimento. A diferença é que a turbina propulsora dos assentamentos não é abastecida pela ganância desenfreada.

Portanto, não há motivo para o jornal imprimir um caráter deletério ao fato. É por essas e outras que os movimentos sociais de esquerda tanto batem na tecla da grande imprensa, que noticia o certo e o errado da mesma maneira ruim. Ademais, o Chávez participar disso não é motivo para histeria. Ele patrocinou uma escola de samba carioca há pouco tempo atrás e a imprensa não bateu forte, pois se tratava do carnaval, festa de apelo popular, não fica bem denegrir a imagem de um ícone de nossa cultura. Ainda mais sendo o carnaval do Rio. Que não venham com insinuações agora.

Aplausos para a iniciativa do MST de qualificar seus membros, pois assim o Movimento poderá evoluir, buscar novos caminhos e estratégias, alcançar seu objetivo primordial, a reforma agrária, valendo-se da mais poderosa das ferramentas: o conhecimento.

O Petróleo é nosso


Aqui vai o link para uma reportagem especial produzida pelo jornal argentino Clarín que trata do recente posto alcançado pelo Brasil, o de potência energética mundial. A descoberta dos campos de petróleo Júpiter, Tupi e Carioca traz previsões que colocam o país como futuro exportador de grande porte da comodite. O periódico hermano retoma o tema da distribuição de renda ao discutir o destino da riqueza monetária gerada pelo ouro negro, se este brilhará nos casebres dos morros, aglomerados, becos e vielas ou se enfeitará apenas os pescoços, orelhas e mãos da alta classe. A matéria também apresenta a nova plataforma P-51, um colosso que sugará a riqueza deitada no fundo do mar, numa profundidade de cerca de 5 quilômetros. Por fim, o jornal busca entender porque a Argentina não conseguiu seguir os passos do vizinho, uma vez que criou, em 1907, a petrolífera YPF, quase cinquenta anos antes do surgimento da Petrobras.

Além disso, vale a pena acessar o material do Clarín devido ao excelente acabamento gráfico dado à série de três reportagens e à sua bela edição.

Outra coisa, é sempre bom presenciar a Argentina babar pelo Brasil.

Um brinde ao melhor


Cristiano Ronaldo nega ter gastado R$ 29 mil em bebidas alcoólicas nos EUA

Advogados do jogador enviam comunicado à imprensa para defendê-lo

Os advogados de Cristiano Ronaldo enviaram um comunicado oficial neste sábado à imprensa portuguesa e inglesa negando que o meia-atacante português tenha gastado € 12 mil (R$ 29 mil) em bebidas alcoólicas durante uma noitada em Los Angeles, como publicou o jornal "Daily Mirror" na última semana. (Globoesporte)

Porra, o cara é o melhor jogador do mundo, namora uma mulher construída e recheada à mão e ainda por cima chapa todas? Esse cara é o meu herói.

CRISTIANO RONALDO PARA PRESIDENTE DO MUNDO!

PS: Só não dá pra dividir conta com o cara, ele é meio esbanjado.

sábado, 26 de julho de 2008

O valor de um supercílio


Irmão de Tasso Jereissati sofre acidente em Saint-Tropez


Bruno Astuto


Rio - O empresário Hugo Jereissati, irmão do senador Tasso e do empresário Carlos Jereissati, sofreu acidente na última sexta-feira em Saint-Tropez. Ele caminhava desavisado quando deu de cara com um poste e abriu o supercílio. Um avião fretado o levou a Paris imediatamente para os reparos. (O Dia Online)

Essa "notícia" merece três considerações. A primeira, a mais óbvia, é o gigantismo da frescura desse tal Hugo Jereissati. Um avião fretado, Paris, hospital, imprensa, tudo isso por causa de um supecílio aberto? Caso o distinto venha a quebrar um braço, creio que o mundo entrará em colapso. Enquanto uns têm aviões para tratar do supercílio, outros desfrutam de um delicioso dia de espera em uma fila, simplesmente para escutar a voz seca da atendente dizendo: "Só amanhã, acabaram as senhas, e além disso médico pro seu caso só lá no hospital... como é mesmo o nome daquele hospital lá do outro lado da cidade Jurema?".

A segunda observação refere-se ao caso Daniel Dantas. É uma prova na verdade. Leiam as matérias da revista Veja sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi. Em nenhum momento a revista cita que Carlos Jereissati, um dos cabeças à frente do "maior negócio do capitalismo brasileiro", como designou a imprensa, é irmão do senador Tasso Jereissati, do PSDB. Um negócio que demandou a investida direta do governo para se concretizar, visto a mudança na legislação aprovada às pressas para regularizar a transação, que envolveu diretamente o irmão de um emplumado político, e nada é mencionado? Uma linha sequer? Mesmo Tasso fazendo parte da oposição, a capacidade de influência que o senador possui ainda é grande. Ele é um político "histórico", para o bem e para o mal, mais para o mal. Mas claro, a revista trabalhava para Dantas, e não poderia de maneira alguma levantar suspeições sobre o negócio que o chefe mais ansiava por selar. O que assusta mais é que a mesma situação teria outros desdobramentos caso os atores fossem diferentes. Imaginem se os personagens fossem correligionários do PT ou de qualquer outra agremiação que não é vista com bons olhos pela revista? A gritaria espatifaria cristais. Um adendo. A imprensa deve acompanhar de muito perto o negócio Oi/BrT, independentemente de quem participa da ação. São interesses potentes se cruzando, mil glutões lutando por um prato de caviar.

Por fim, a última consideração trata do nome do repórter designado para escrever tão importante matéria. Nada contra o profissional em si, as pautas caem em nossos colos e não há muito o que se fazer sobre isso, principalmente em grandes redações. Mas não poderia perder a piada, não é mesmo Bruno Astuto? Perfeito!

Gagged in Brazil - Censura na Imprensa

Este documentário descarna a relação entre o governo mineiro, particularmente a pessoa do governador-galã-pegador-censor Aécio Nevasca, e a imprensa do estado. Bem, após assistir o filme, não sei se isso que temos aqui pode ser chamado de imprensa. Os encontros entre os dois são promíscuos, sujos, pecaminosos, podres. São a essência da negociata, dos interesses privados (econômicos e políticos) acima de tudo. Assistam e saibam o que vocês andam lendo ao comprar o "grande jornal dos mineiros" ou vendo ao sintonizar emissora que tem "tudo a ver com você", dentre outros, que na verdade são quase todos.

Bob Dylan - It's All Over Now, Baby Blue (Live 1965)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Reverse Graffiti : Ossario : Alexandre Orion

Crédito: Ser de Uberaba

"Depois de uns dias na paulicéia desvairada, trago uma contribuição daquelas bandas para o sertão da goiabada.

Há alguns anos surgiu o mundialmente atuante The Reverse Graffiti Project que, como o nome mesmo diz, é um grafite ao contrário, ou seja, o artista faz sua arte utilizando um material já existente no local da intervenção, podendo ser poeira, água, fuligem, etc. É tida como uma arte ambientalmente responsável que utiliza e exalta a filosofia do clean.

No vídeo abaixo, o artista plástico Alexandre Orion faz uma intervenção em um túnel paulistano, onde ele retira a fuligem deixada pelos carros para compor a obra Ossário Arte Menos Poluição."
Via Sertão de Goiabada.

domingo, 20 de julho de 2008

Las Lobas Ciendientes - P5


Hahahaha! E então filhos da puta, pensaram que eu tinha morrido? Não, não morri. Simplesmente permaneci por mais de três meses encravado numa caverna molhada, abarrotada de criaturas desagradáveis, a começar pelas Lobas. Sim, Las Lobas Ciendienes, aquelas velhas sodomitas. Desgraçadas, estas putas furtaram minha liberdade, se apossaram de meu corpo e agora minha vida dá adeus. Putas, putas, tomara que aquelas diabas pelancudas se consumam, se fartem de tanta maldade, sejam elas próprias seus verdugos.

Mas, foi demais! O que eu farei agora? Estou louco, completamente louco, insano, irado, revoltado, pirado! Filhas da puta, putas, putas, putas! Las Lobas Ciendientes, sim, nunca mais este nome deixará minha mente, nem quando eu esquartejá-las e jogar seus últimos pedaços aos porcos. Aguardem safadas, aguardem, vocês pagarão por terem me jogado no inferno. E eu serei o cobrador, e vou exigir tudo de volta com uma faca em suas gargantas, com aço incandescente a perfurar seus olhos suas PUTAS! Velhas vadias, vão se fuder!

Agora que consegui escapar vocês verão, vocês verão. Preciso só de alguns dias, alguns dias para recuperar minhas forças, para forjar minhas armas, para pedir a proteção do Justo e assim caminhar abençoado rumo ao meu destino, que é liquidar com aquelas velhas. PUTAS!

Elas acordaram uma besta, deram à luz a um animal em estado bruto, talvez o mais selvagem entre os selvagens, um animal que quer e que necessita do gosto de sangue em sua boca. Talvez meu destino fosse o comodismo, aceitar a condição de agente de viagem, levar minha vidinha chula e boçal até o beijo com a morte. Mas agora as velhas abriram meus olhos, as privações pelas quais passei, as chagas, as humilhações, as tantas noites de medo e de angústia, tudo isso formou um caldo amargo de ódio, que eu bebi numa só tragada. E agora estou alcoolizado, os delírios me guiam, e um só objetivo me mantém de pé: matar aquelas putas.

Até a próxima. Se ainda conseguir falar e escrever após minha empreitada mandarei notícias. Agora é hora de submergir para depois explodir numa combustão absurdamente devastadora. Me aguardem suas velhas, seus dias estão contados e registrados, não há mais salvação para vocês.

Os índios são “cult”


Caminhava rumo ao inevitável trabalho. O bafo do inverno soprava manso, frio, e lutava contra o sol anêmico que insistia em queimar a superfície suja e asfaltada da cidade. Caminhava de cabeça baixa, como de costume, e em minha frente surgiu uma mão, que oferecia um pequeno folheto, uma cópia xerocada.

A mão pertencia a um corpo feminino, que apresentava a face camuflada por uma pintura branca na altura dos olhos. Todas suas roupas eram pretas, e trazia na outra mão uma cruz de madeira.

Aceitei o folheto e pus-me a lê-lo: “Manifestação: Apoio a Lei Muwaji”. Pensei que diabos seria aquela lei, merecedora do esforço daqueles vinte indivíduos que fincaram sua resistência e sua indignação em pleno centro de Belo Horizonte, num horário pouco aprazível para manifestações, 12h30.

Segue o folheto: “Infanticídio. Você já ouviu falar?” Era a frase que iniciava o primeiro tópico, que continuava com as seguintes palavras: “Centenas de crianças indígenas foram rejeitadas por suas comunidades nos últimos anos. Condenadas à morte por serem portadoras de deficiências físicas ou mentais, por serem gêmeas, ou filhas de mãe solteira, elas foram enterradas vivas, envenenadas ou abandonadas na floresta...”.

Isso parece interessante, concluí. Adiante, deparo-me com o segundo tópico: “O que é a Lei Muwaji?” Sou informado de que a dita lei, ainda em tramitação no Congresso, visa proteger os direitos das crianças indígenas, no intuito de impedir o que a manifestação já havia classificado como infanticídio. O nome é uma homenagem à índia Muwaji Suruwaha, que recusou-se a sacrificar sua filha, Iganani, portadora de paralisia cerebral. Lê-se no folheto que “Muwaji enfrentou não só os costumes de sua comunidade indígena, mas também toda a burocracia da sociedade nacional, para garantir a vida e o tratamento médico de sua filha”.

Forneço minha opinião sem conhecimento profundo de causa, uma vez que não sou antropólogo, indianista, sertanista ou qualquer outro profissional dedicado ao estudo dos povos silvícolas. Porém, guardo um enorme receio quanto a ingerências em culturas apartadas de nossa realidade próxima. Claro, os índios fazem parte do Brasil, menos influenciam e mais são influenciados pelas decisões do governo e da sociedade civil organizada. Mas não trombamos ao acaso com índios legítimos perambulando pelas ruas de nossas grandes cidades, sequer nas interioranas. Por isso me valho do termo realidade próxima. Todos sabem que os índios existem, porém uma parcela ínfima da população lida diretamente com eles.

Retomando o raciocínio, em nossa ótica o “infanticídio” assombra, causa repulsa, revira as vísceras, é veementemente rejeitado. Consideramo-nos evoluídos, componentes de uma sociedade que consegue dobrar a natureza com suas ferramentas mais avançadas, que ricocheteia o vento da vida na traquéia dos pequenos que já nascem amaldiçoados. E acho esplendoroso que assim seja.

Daí a querer que nossos avós de pátria sigam os mesmos passos há uma distância enorme. Os índios decodificaram o mundo a partir de uma ótica particular, onde, simultaneamente, veneravam, temiam e se valiam da natureza para seguir os rumos traçados pelo Deus Sol, ou Lua, ou qualquer Deus que lhes conviesse eleger. Tinham a exata percepção de que uma criança incapaz de produzir em favor da coletividade, seja na caça, nas guerras, na agricultura, na reprodução da tribo, era uma âncora que poderia frear o destino de todos. Não há maldade no ato de eliminar essa âncora, pelo contrário, a visão coletiva é tão arraigada nessas culturas que a morte da criança é vista, inclusive pelos pais, como absolutamente necessária. Ou era, até aparecer Muwaji.

Direitos humanos? Sim, um grande avanço irrefreável, necessário, que evidentemente trouxe mais benfeitorias que malefícios. Os índios não são seres humanos? São, é óbvio. Então os direitos humanos não são aplicáveis a eles também? Claro, mas, em minha visão, somente se os índios optarem por essa possibilidade. Manifestações na Praça Sete que visam defender os pobres e inocentes índios de seus próprios irmãos soam como um exagero, uma violação, daquelas que os pais costumam aplicar aos seus filhos por acreditarem que estes ainda não se encontram prontos para o mundo.

Concordo que em muitas das culturas indígenas onde o infanticídio é prática recorrente o modo de vida se assemelha muito mais ao nosso que ao de seus ancestrais. Mas também acredito que outras tantas ainda preservam de maneira relativamente intacta seus costumes, ritos e sacrifícios, sua engenharia social que até hoje foi capaz de lhes fazer progredir, ao seu próprio ritmo.

Por fim, destaco rapidamente um outro ponto: por que não existem manifestações contra o infanticídio praticado pelo Estado, que ceifa a vida de milhares de pequenas almas todos os anos? Por que não lutar por uma melhora estrutural que reflita diretamente em nossos desdentados, estes que participam de nossa realidade próxima? Por que só há mobilização para questões consideradas “cult” (cultuado nos meios intelectuais e artísticos, segundo o Houaiss), como a defesa do ambiente, dos próprios índios, de uma vida light, a luta contra a poluição? Porque nada mais “cult” que passar a ir trabalhar de bicicleta para poluir menos. O problema é o ar-condicionado ligado oito horas por dia no desenrolar do labor, visto que o conforto é essencial. Quando os desgraçados serão eles também “cult”? Eu mesmo respondo: quando forem sacadas da palavra “cult” as letras “l” e “t”.

Onde estão os que assim agem?

"Política silogística é a arte de construção no vácuo. A base são teses e não fatos; o material, idéias e não homens, a situação, o mundo e não o país, os habitantes, as gerações futuras e não as atuais".


"As retiradas são o supremo esforço do general e exigem a máxima solidez da tropa. A um amigo que uma vez o comparava aos grandes generais da história, Moltke (marechal de Bismarck) interrompeu dizendo: - Ainda não comandei uma retirada."

Joaquim Nabuco - "Balmaceda" via Ex-blog do César Maia

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Teste

Bem meus caros, o Viagens de Gulliver estreia sua radiola digital. Agora, ao mesmo tempo em que você lê as inutilidades aqui publicadas, também poderá curtir uma musiquinha, que do seu gosto não sei se é. Afirmo que é do meu. Ali, no alto à direita, está o player. Se quiser ficar em silêncio, vá lá e aperte o stop, ou o pause, no caso. Esta é apenas uma pequena seleção inaugural, que não pôde ser mais encorpada devido ao horário em que posto. Mas nos próximos dias a Rádio Gulliver terá sua primeira playlist honesta, que ecoará por todos os rincões da teia digital. É isso!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Senna x Piquet

A maior ultrapassagem da história. Isso é a excelência!

Era bom demais...


... para ser verdade. Por um momento cheguei a acreditar na seriedade desse país. Mas já deveria estar acostumado, as coisas aqui andam no ritmo da conveniência, da conveniência dos safados. Minha esperança foi decepada a golpes de machado. Agora, o que resta é cuspir as pragas do mundo na cabeça daqueles que encenam o pior espetáculo da Terra. E não adianta apenas não votar nos corruptos. Apesar de esse instrumento ser capaz de eliminar um bom número de canalhas, a infecção é generalizada, a contaminação se espraiou por todos os gabinetes de todos os poderes. O país sucumbiu, e há muito tempo.

À vista de todos nós, num flagrante atropelamento da decência, da certidão, o delegado Protógenes Queiroz foi afastado da investigação do caso Dantas. Sem eira nem beira, afixaram em nossa cara um atestado de palhaço-cidadão. Inacreditável. É demais, é demais, é demais!

O rolo é tamanho, expõe a podridão de tantos, que ousaram valer-se da sacanagem explícita, o último refúgio dos ratos. “Se isso continuar, não sobra pedra sobre pedra, todo mundo já era”, imagino serem estas as palavras que guiam muitas das conversas entre os envolvidos. E ouso dizer que a maioria daqueles que nos últimos dez anos rastejaram pelos bastidores do poder carregam lama na sola dos sapatos.

Podemos esperar mais o quê? Mais nada! Depois deste caso, duas lições podem ser aprendidas. Primeiro, as instituições do Estado brasileiro sempre estão sujeitas aos grossos dedos dos poderosos, que rasgam o hímen da ética e da virtude. Segundo, quanto maior for a distância entre os de bem e a política mais cartazes serão pregados em nossas caras. Os palhaços-cidadãos serão formalizados, e nunca mais ninguém sorrirá nesse picadeiro sórdido.

domingo, 13 de julho de 2008

Nunca precisei tanto do ACDC


E palmas para Charles Bukowski

Nunca precisei tanto do ACDC. Aquela música vigorosa me arrepia a espinha, enche meu sangue de fúria, de exagero e de tranqüilidade. Sim, quando me gasto fico tranqüilo. Sigo aproveitando minha carcaça da maneira como bem entendo, e assim que a idade emitir sua nota promissória a quitarei com a maior dignidade possível. Ainda assim, a cabeça insiste em enviar recados idiotas, mesquinhos, que de tanto martelarem causam um terrível mal-estar.

Nunca precisei tanto do ACDC para aplacar o tédio. Uma vida cambaleante não é imune à rotina. Humanos são nômades, que se sentem à vontade caminhando rumo ao novo, ou ao velho. O que importa é se deslocar a maior distância possível, sempre. Tenho achado tudo muito repetitivo, mais ainda minha própria cabeça. Movo-me em um círculo, tragado pela conveniência, simplesmente isso. É fácil beber e fumar. Difícil é acreditar em algo, uma pulga que seja. Enquanto a reposta não chega, espero sentado em uma mesa qualquer, com um copo na mão.

Hoje pela manhã notei que meus dentes adquiriram manchas provocadas pelo cigarro. São horrendas, apresentam um tom amarelado sem vida e asqueroso. Isto porque os dentes bloqueiam os malefícios do tabaco, assim acredito, sacrificando sua beleza em prol da saúde coletiva do corpo. O pulmão direito envia notas de agradecimento, o esquerdo mandou dizer que não está nem aí, que não deve nada a ninguém. E como Bon Scott ensinou-me, os dentes nem são tudo isso. Há que se zelar pelos órgãos essenciais, os que permitam um homem continuar enchendo a cara. Claro, é uma tentativa falha, conflitante. Conservo meu fígado para poder beber mais, atividade que derreterá meu fígado algum dia. Mas qual das coisas que fazemos em vida não segue essa tendência?

Nunca precisei tanto do ACDC. Então, dêem-me licença, acabo de apertar o play para Highway To Hell. Um brinde.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O melhor romance de todos os tempos


Cada vez mais esse país me dá nojo. E me dá esperança. Explico.

Todos estão cientes do tufão provocado pela prisão do até então Rei do Brasil, Daniel Valente Dantas. E valente o sujeito era, de verdade. E corrupto. E inteligente ao extremo. Aliás, todos os grandes criminosos o são. Mas a história por detrás da mais importante operação da Polícia Federal da história é um romance, que nenhum escritor conseguiria relatar de maneira tão arrebatadora.

Daniel Dantas é um criminoso internacional. Suas relações esbarram nos maiores conglomerados empresariais do mundo, que além de empresas de telefonia, como a Telecom Itália, envolviam corporações como a Pirelli, maior conglomerado empresarial da Itália. O sujeito era um mafioso internacional, com entrada em qualquer círculo onde o dinheiro era o anfitrião.

E por que digo que o país me dá nojo e esperança? Primeiro, me dá nojo por ver tudo o que aconteceu até a prisão do delinquente, quantas autoridades foram compradas, quantas instituições maculadas, quantos desvios impostos à legalidade realizados por apenas um homem, que carregava a chave-mestra para qualquer porta: o dinheiro.

Dantas comprou todos, partidos políticos (e óbvio, políticos), juízes, policiais, empresários e jornalistas. O mundo girava à velocidade determinada por ele. Já havia se safado de vários processos, de vários imbróglios que jogariam na cadeia um cão menor. E por isso ele não fugiu, como disse Bob Fernandes, por acreditar em demasia em seu poder.

Me dá nojo também saber como foi fratricida a disputa interna na polícia para prendê-lo. A própria polícia foi o maior empecilho para que e a Operação Satiagraha se desenrola-se, claro, por influência de Dantas e seu dinheiro. Esvaziamento da equipe, de recursos materiais, pressões vindas dos palácios, tudo para impedir que o Rei ficasse nu.

Me dá nojo também ver como a imprensa foi totalmente manipulada, não sutilmente, mas financeiramente, pelo grupo mafioso. Vários jornalistas habitantes de páginas renomadas na imprensa nacional estão na lista de assessores informais de Dantas, reproduzindo em seus escritos a voz do chefe. Vergonhoso, vergonhoso, vergonhoso.

Me dá nojo ainda me deparar com uma discussão cínica e menor, sobre a espetacularização da operação. Ora, meu Deus, a polícia desmonta o maior grupo criminoso do país, manda para a cadeia especuladores internacionais, com intervenção até mesmo no Banco Central Americano (FED), expõe os porões do poder, joga luz sobre como se dão os acertos e conchavos escusos tão rotineiros por aqui, e a imprensa, que sai tão suja da história como o próprio Dantas, se presta a discutir se deveriam ter sido usadas algemas, se a tv deveria estar presente, e outros tantos temas de menor relevância num momento histórico como esse. Claro, como a imprensa está na linha de fogo, desmerecer o acontecido é a primeira reação.

Mas me dá esperança ver como um delegado a PF, Protógenes Queiroz, enfrentou a sabotagem interna de seus companheiros, não se rendeu a nada, valeu-se de sua sagacidade para esconder os pontos cruciais da operação até mesmo de seu chefe, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa. Pois se Dantas tomasse conhecimento de fatos sigilosos da operação em curso, provavelmente conseguiria anulá-la. E quase o fez.

Me dá esperança saber que essa cruzada contra o crime dos grandes, os de colarinho branco, já vinha sendo travada há anos por jornalistas como Luis Nassif, Mino Carta, Paulo Henrique Amorim, Bob Fernandes e outros. Eles já haviam cantado a pedra há muito. Mas, como a grande imprensa está até o pescoço envolta na sujeira, ninguém repercutiu.

Um capítulo da história do Brasil, que até então era escrito com desonra, sordidez, corrupção, traições, disputas ferrenhas e imorais, foi finalizado com palavras de mestre, de pura altivez e compromisso com isso que chamamos Brasil.

Deixo aqui o link do Terra Magazine, a melhor cobertura do caso, indiscutivelmente. Leiam tudo, cada palavra lá escrita é importante, é crucial para entendermos como as coisas funcionam. De verdade.

Clique aqui.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Robert Pete Williams - 1966

Pra quem gosta, só pra quem gosta! Viola na mão e pé no chão!

Kansas Joe and Memphis Minnie - When The Levee Breaks

domingo, 6 de julho de 2008

Olha olha

Fama que acompanha a mulher é a de que ela não sabe guardar segredo. Quando Jesus ressuscitou, ele primeiramente apareceu a mulheres, sabendo que elas logo espalhariam a novidade.

Carlos Heitor Cony - Folha de S.Paulo - 6 de julho de 2008, pg. A2.

Bela sacada, J.C. era habilidoso até nisso!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A música educadora


Câmara aprova projeto que inclui Música no ensino básico - JB Online

BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o projeto tornando a disciplina de Música conteúdo obrigatório das escolas de educação básica do País. A medida agora seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sinceramente, essa é uma das melhores notícias que li nos últimos anos. Sou um fiel defensor da música enquanto formadora de mentes e espíritos, o que ultrapassa e muito a concepção de mero entretenimento.

A música transmite noções de lógica, matemática, português, filosofia e sabe-se lá o que mais. É completa!

Uma sociedade que tem a música enraizada em seu ventre tem todas as condições de aprimorar sua engenharia de vivência e convivência. A música educa, mais que qualquer outra cadeira do ensino regular.

Parabéns Brasil. Este é um avanço, concreto e irreversível, rumo a um país mais civilizado e humanizado.

O maior


Satélites comprovam que Amazonas é o maior rio do mundo - Estadão

Nunca na história desse país o Amazonas foi o maior rio do mundo. Mais um ponto para Lula, que tem mais sorte que João Alves, contumaz ganhador de loterias, se é que alguém se recorda do ex-deputado.

A verdadeira política

Oposição faz 'operação tartaruga dopada' para votar uma MP - G1

Hum... sobrou?

O filósofo

"Quando o barco afundar, todos serão iguais debaixo d´água".

Lula, sindicalista, político, presidente do Brasil e filósofo popular, além de grande apreciador das mesmas coisas que eu: mulher e birita!