terça-feira, 29 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Las Lobas Ciendientes - P2


Não consigo abrir meu olho esquerdo, creio que os espinhos o furaram. A caminhada é um horror. O peso é enorme em nossas costas, em sua grande parte formado pelas roupas íntimas das Las Lobas Ciendientes. Elas estão cada vez mais irritadas, parece que algo não vai bem. O grupo ainda não sofreu nenhuma baixa, mas algo no ar está mais pesado que chumbo.

Permitam-me elucidar com extrema simplicidade um pouco da trajetória das Lobas. Na verdade, todas eram velhinhas simpáticas, que enchiam a mesa com gostosas quitandas, sucos, queijos, além de serem provedoras de almoço farto e saboroso, encorpado pelo sabor de antigamente. Todas eram avós, exceto Dona Bete, que perdeu o útero ainda jovem, complicação decorrente da ingestão de veneno de rato. Ela estava apaixonada, ele queria apenas um buraco quente.

Eis que certo dia Dona Clô decidiu organizar uma excursão para a Grécia. Velhinhas gostam de excursar pela Grécia. Conheço várias que já foram. Não sei o que as atraem tanto. Certa vez tentei pedir uma explicação ao Sandro, profundo conhecedor das cocotas, mas nem ele dominava esse mistério.

Pois bem, Dona Clô fechou um pacote com uma agência de viagens e pôs-se a telefonar, convocando todas as companheiras de buraco a passear pelo país dos deuses. Apenas cinco declinaram, e pagaram um preço alto por isso. Em outra oportunidade digo o que aconteceu.

E então, lá se foram todas as 31 velhinhas, felizes, confiantes, exaltadas. Estavam na verdade gozando de novo, depois de anos e anos. Algumas nunca tinham gozado, mas o fizeram no avião, rumo à Grécia.

Agora faltavam apenas algumas horas para que tocassem o solo de Apolo. Algumas já haviam tricotado toda uma coleção de inverno. Outras se distraíam jogando cartas e chupando pastilhas Valda, pois o pigarro, após anos de cigarro, é no mínimo inconveniente. Dona Cissa já mostrava a fúria que guardava no meio dos peitos caídos. Simplesmente pelo fato de não ter conseguido um copo com água de Israel, onde colocaria a dentadura, vociferou impropérios em direção à tripulação do avião, chegando inclusive a amaldiçoar uma aeromoça, que como toda aeromoça, era muito simpática e simpática. Disse: "Tomara que sua hemorróida estoure". Todos no avião se recolheram e procuraram desaparecer em sua paltrona. O prenúncio do que viria acabava de ser revelado, mas ninguém, naquele momento, conseguiu detectar o perigo.

Como sei de tudo isso? É simples, eu era um dos responsáveis pela excursão, trabalhava na agência de viagens. Fazia apenas um mês que estava lá, e em meu primeiro trajeto fui de mãos dadas com o demônio.

Continua...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Las Lobas Ciendientes - P1


Estamos há quatro dias cruzando o inferno. Caminhamos por uma mata fechada, abarrotada por mosquitos, animais peçonhentos e perigos inimagináveis. O grupo é formado por 45 pessoas. São 30 velhinhas combatentes e 15 reféns. Falta apenas um: aquele que irá nos salvar desse martírio.

Fomos capturados há mais de um mês pelas Lobas Ciendientes. Mais adiante explicarei quem são as Lobas e o que as move. Agora, prefiro relatar o que se passa nesse lugar que até mesmo o Rambo pensaria duas vezes antes de entrar. As velhinhas, apesar de franzinas e aparentemente debilitadas, têm uma força e capacidade física invejáveis. Realmente, fomos capturados por uma matilha muito bem preparada.

A rotina é extenuante. Acordamos às quatro da madrugada com chicotadas no rosto. A algoz matutina é sempre a mesma: Dona Léia. Que mulher ácida! Nos açoita com prazer. Cada chicotada seguida por um gemido de dor faz com que ela se derreta de alegria. Pobres daqueles que não conseguem levantar-se rapidamente, isto devido à exaustão profunda que toma conta de todos. Para estes existe o Banho de Fogo, uma brincadeirinha que as Lobas adoram praticar.

Os atrasados recebem dezenas de furos, feitos com agulhas de tricô, que logo depois são preenchidos com iodo e álcool. O toque final, atear fogo nas feridas, é dado por aquela que matou mais inimigos no dia anterior. Na maioria das vezes essa tarefa cabe a Dona Cissa, a mais estourada de todas, um tanque de batalha que não conhece a compaixão ou o amor ao próximo. Certa vez presenciamos Dona Cissa matar cinco inimigos de uma só vez e ainda comer seus órgãos genitais cozidos na baba de caramujo, prato que segundo ela é o segredo de sua ferocidade e força.

Após o desjejum (água barrenta e broa de fubá, que de tão endurecida é também usada como arma) nos preparamos para seguir mata adentro. Dona Clô, uma das líderes do grupo e a que aparenta ser a mais inteligente, define as coordenadas e dá a ordem para que todos peguem sua bagagem. Antes de sair, Dona Clô mira o céu e sempre repete a mesma sentença: "Já perdi muito tempo com você. Se quiser ajudar, que ajude. Se não, foda-se". Este é o seu diálogo com o homem lá em cima, seu antigo companheiro que hoje se transformou numa vaga e desagradável lembrança. E assim apertamos o passo em direção ao desconhecido.

Continua...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Lula é o sexto presidente mais popular da América; Uribe lidera pesquisa
Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com um governo aprovado por 55% dos brasileiros, é o sexto presidente mais popular da América, segundo o instituto de pesquisas mexicano Consulta Mitofsky.
De acordo com a sondagem, o chefe de Estado mais popular da região é o colombiano Álvaro Uribe, cuja gestão --68 meses depois da posse e 50 dias desde o ataque a um acampamento de rebeldes no Equador--, tem o apoio de 84% população.
Em segundo e terceiro no mesmo ranking aparecem, respectivamente, os presidentes do Equador, Rafael Correa, com 62% de aprovação, e o mexicano Felipe Calderón, com 61% de popularidade.
Na frente de Lula, também se encontram o chefe de Estado de El Salvador, Elías Antonio Saca (59%), e o boliviano Evo Morales (56%).
Já o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aparece em oitavo, com 51% de aprovação.
Apoiados por menos da metade da população de seus países, se destacam no ranking a argentina Cristina Fernández de Kirchner (11º/47%), a chilena Michelle Bachelet (12º/46%) e o uruguaio Tabaré Vázquez (13º/45%).



Tenho certeza que o Lula ficou puto com a matéria. Ele achava que era o primeiro, e eu também.

Las Lobas Ciendientes

Penso em retomar nos próximos dias a história do grupo de velhinhas que há cerca de 30 anos combate arduamente os insurgentes do extremo oriente asiático, passando inclusive pelo Camboja e Laos. O problema é que nosso rádio comunicador não está mais sintonizado na mesma frequência, o que dificultará saber a localização das Las Lobas Ciendientes. Mas tentarei isso hoje. Caso consiga, retomarei a narrativa da epopeia. Fredão, você se lembra, não?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Velvet Underground - I´m Waiting For The Man

Sonho ou Pesadelo?


Nessa noite tive um sonho muito desagradável. Me recordo a partir do momento em que olhava minha barriga e vasculhava meu umbigo com os dedos. Encontrei algo como uma espinha, e ao tentar espremê-la foi expelido um verme verde, com dois olhos sustentados por hastes.

Ele rastejou calmamente e nem em dei conta para onde foi, pois ao mesmo tempo começou a brotar, do mesmo buraco por onde saiu o verme, criaturas negras, feito insetos, mas diferentes de qualquer outro que eu já tenha visto.

Depois saiu algo na forma de um pião, com as extremidades mais afinadas que o meio, feito de conchas brancas que se mexiam para cima e para baixo. Ele caiu no chão e ficou por lá, até se petrificar e ficar parecido com um enfeite do Espírito Santo.

Acabado isso, minha barriga aliviou-se como nunca. Um bem-estar magnífico tomou conta. Daqui em diante não recordo de absolutamente nada.

Não tenho nem idéia do que significa isso, se é que significa algo. Não gostei da experiência e não gostaria que se repetisse.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Eu sinto 2

Ai ai viu! De repente a gente é pego de surpresa e tudo que achávamos sermos capazes de seguir, nossas crenças e certezas, preceitos já consolidados, tudo mesmo, acaba por se desmanchar. E aí? E aí que a gente fica sem teto e sem chão, sem rumo e sem direção. Mas, apesar de tudo, é gostoso demais isso. A expectativa pelo que pode vir é uma delícia, o jeito bobo de quem está perdido é revigorante. Ainda bem que estou me sentindo assim! Sinal de que emoções virão. E quando chegarem, estarei pronto para abraçá-las com toda minha força.

Eu Sinto

"Nessa manhã de louco, todo mistério é pouco"

Jards Macalé - Só Morto (Burning Night)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

domingo, 6 de abril de 2008

Empurraram para debaixo do tapete

Nascente do Rio São Francisco


Não tomei conhecimento dessa matéria em nenhum veículo da grande mídia. Ela atinge diretamente uma das maiores empresas brasileiras, daí talvez o motivo do silêncio. Empresas jornalísticas vivem às custas dos subornos publicitários, antes conhecidos como anúncios. Se eu te pago meu caro, por favor (na verdade, estou mandando), não fale mal de mim.



Se confio em tudo que a matéria diz? Não. Se desconfio de tudo que a matéria diz? Também não. Então? Então leiam e tirem suas conclusões. Caso alguém já tiver conhecimento do caso e dispor de mais informações, peço que entrem em contato. De qualquer maneira, é bem provável que seja verdade.




Grupo Votorantim causa desastre ecológico em Minas Gerais



Maria Luisa Mendonça
Enviada especial a Três Marias (MG)



“Cheguei em Três Marias em 1951, com 11 anos de idade. Eu vendia pão na rua. Um dia, vi um cardume de peixes no rio e decidi tentar pescar alguma coisa. No primeiro dia peguei uma corvina de dois quilos. O preço que consegui por ela era igual a tudo que eu ganhava vendendo pão durante um mês! Aqui era um paraíso para os pescadores”.



Esse é o início da história do pescador Norberto dos Santos. A região de Três Marias, onde o rio São Francisco representa a principal fonte de vida e sustento da população, tem sido explorada por fortes interesses econômicos, principalmente pela atuação da siderúrgica Votorantim Metais, do grupo Votorantim, comandado pelo empresário Antônio Ermírio de Moraes.



Norberto conta que, “em 1969, a Votorantim começou a funcionar. Foi o maior desastre ecológico que já vi. Matou tudo, até barata d’água morreu. A empresa jogava os resíduos no córrego Consciência, que ia direto pro rio. De 1969 até 1990, todos os anos era essa tragédia. Os peixes morriam por asfixia porque não tinha oxigênio. A água ficava vermelha de tanto resíduo. Em 1997 estourou um cano na empresa e morreram 50 toneladas de peixes. A partir de 2004, começaram a morrer os “nobres” do São Francisco, que são os surubins. Até surubim de 90 quilos apareceu morto! De 2004 a 2008, nós calculamos que perdemos no mínimo 5 mil exemplares de matrizes reprodutoras. São fêmeas que pesam uns 40 quilos e cada uma tem 4 quilos de ovos, com 2 mil ovos por grama. No total calculamos que devem ter morrido 100 toneladas de surubim. E continuam morrendo.”



O pescador Moisés dos Santos conta uma história semelhante. “Nasci na beira do São Francisco. Sou filho de pescador e minha família vivia da pesca. Mas a chegada da Votorantim afetou todo o ecossistema. Nós dependemos do rio para sobreviver”.



Estudos comprovam contaminação
Os resultados de diversos relatórios técnicos confirmam índices altíssimos de contaminação por metais pesados na água, sedimentos e peixes. Um relatório do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA - MG) constatou que o nível de zinco nas águas do córrego Consciência, afluente do São Francisco que recebe dejetos da Votorantim, atinge o alarmante índice de 5.280 vezes acima do limite legal. O Cádmio apresenta uma quantidade 1140 vezes acima do permitido, o chumbo 46 vezes e o cobre 32 vezes acima do limite legal.



Sobre a morte de peixes, o relatório do SISEMA concluiu que isto ocorre porque "O efluente da Companhia Mineira de Metais ou Votorantim Metais em estado coloidal, ós diluição pelas águas do rio São Francisco, deposita-se nas guelras dos peixes na forma de película impermeabilizante, provocando morte por asfixia. Esta hipótese é viável, pois a ação de zinco e outros metais pesados tem sido mais elevada nas partes dos peixes. hipótese, seria o acúmulo destes elementos na cadeia alimentar, fenômeno que seria quando da ocorrência de concentrações muito elevadas de zinco nas águas, acelerando processo de intoxicação."



Sem controle ambiental
Além dos laudos técnicos, qualquer pessoa pode constatar a presença de metais nas margens do rio. Navegando no córrego Consciência, é possível coletar resíduos tóxicos no solo de suas encostas. De 1969, quando a empresa começou a funcionar, até 1983, quando foi construída a primeira barragem de contenção de resíduos, não houve nenhum controle ambiental. Mesmo após esse período, não houve um controle eficaz da poluição.



“As barragens que foram feitas para conter a contaminação estão na beira do rio e não são impermeabilizadas. Além disso, essas barragens têm bombas que jogam os resíduos diretamente no rio. Nossos poços artesianos estão contaminados. Dependemos de caminhão pipa porque não temos água potável. O tamanho da destruição é incalculável. Mas, além da empresa, eu culpo também os órgãos ambientais, que não fazem nada. Só mandam o batalhão de choque para fiscalizar os pescadores”, explica Norberto.



Exames realizados pela Fundacentro na população local constataram contaminação por arsênio, manganês e zinco. “É muito sofrimento pra gente que vive na beira do rio. Os olhos e o nariz ardem tanto que parece pimenta. Vem aquela poeira cor-de-rosa e a boca fica seca, às vezes até ferida. Irrita a pele e resseca o cabelo. A gente não pode beber a água do rio e nem lavar roupa. Agora meus filhos não podem viver da pesca. Vão fazer o quê? É o fim do mundo”, conta Maria dos Santos, moradora da região.



Cleide de Almeida, que mora em uma ilha no local, explica que, “as hortas morreram, tinha muita fruta antes, mas as árvores morreram. Até a água subterrânea está contaminada. A Votorantim acabou com muita coisa. Quando desce o minério pela encosta do rio fica um cheiro ruim e mata as plantas. Até os peixes vivos ficam fedendo. Quando bate o vento do lado da empresa, dá tanta tosse que não tem remédio que cure. Tem menino novo encostado, que pegou câncer e se aleijou trabalhando pra empresa. E o Antonio Ermírio é o homem mais rico do Brasil! Coitado do rio, não tem dó. Tem que tratar dele desde aqui. E imagina que esse rio vai até Pernambuco”! (Leia a reportagem completa na edição 266 do jornal Brasil de Fato)


Brasil de Fato

Atlético 100


Recebi esse texto via e-mail. Como sempre, a fonte nunca pode ser considerada confiável quando se trata de e-mails. Mas, mesmo assim, publico porque ficou muito bom. E viva o Galo!

Atlético, 100

Mauro Beting

O melhor lance do Atlético não foi num jogo.Foi fora dele. Foi numa derrota. Minto, num empate de um time invicto, o supervice-campeão do BR-77.

Não foi o melhor jogo ou jogada.Mas não teve nada mais atleticano que aquilo: depois da derrota nos pênaltis para o São Paulo, Mineirão e Brasileirão estupefatos pela queda sem derrota de um senhor time de bola, os jogadores baqueados e barreados pela chuva e pela lama se abraçaram no gramado e assim foram ao vestiário.

Foi a primeira vez que vi a cena reverente que virou referência.Ninguém estava fazendo marketing (nem existia a tal palavra).Nenhum jogador estava jogando pra galera. Era fato. Time e torcida estavam juntos naquele abraço doído e doido.
Como tantas vezes o atleticano esteve junto com o time. Qualquer time.

Nada é mais atleticano que aquilo: um time que se comportou como o torcedor. Solidário na dor, irmão no gol.

O atleticano é assim: tem a coragem do galo, mas não a crista. Luta e vibra com raça e amor. Mas não se acha o dono do terreiro.

Sabe que precisa brigar contra quase tudo e contra quase todos. Até contra o vento, na célebre imagem de Roberto Drummond. Aquela que fala da camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade. Para o escritor atleticano, ou, melhor, para o atleticano escritor, o torcedor do Atlético sopraria e torceria contra o vento durante a tormenta.

Não é metáfora. É meta de quem muitas vezes fica de fora da festa. Não porque quer. Mas porque não querem. Posso falar como jornalista há 17 anos e torcedor não-atleticano há 41: não há grande equipe no país mais prejudicada pela arbitragem. Os exemplos são tantos e estão guardados nos olhos e no fígado. Não por acaso, o atleticano acaba perdendo alguns jogos e títulos ganhos porque acumulou nas veias as picadas do apito armado.

Algumas vezes, é fato, faltou time. Ou só sobrou raça. Mas não faltou aquilo que sobra no Mineirão, no Independência, onde o Galo for jogar: torcida. Pode não ser a maior, pode não ser a melhor, pode até se perder e fazer perder por tamanha paixão, cobrando gols do camisa 9 como se todos fossem Reinaldo, pedindo técnica e armação no meio-campo como se todos fossem Cerezo, exigindo segurança e elegância da zaga como se todos fossem Luisinho.

Mas não se pode cobrar ninguém por amar incondicionalmente.

O atleticano não exige bola de todo o time. Não cobra inspiração de cada jogador. Quer apenas ver um atleticano transpirando em cada camisa, em cada posição, em cada jogada. Por isso pede para que o time lute. É o mínimo para quem dá o máximo na arquibancada.

A maior vitória atleticana é essa. Mais que o primeiro Brasileirão, em 1971, mais que o vice mais campeão da história do Brasil, em 1977. Os tantos títulos e troféus contam. Mas tamanha paixão, essa não se mede. Essa é desmedida. Essa é a essência atleticana.

Essa é centenária.

Essa é eterna.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Dread Zeppelin - Heartbreaker

100.000%

Olhem isso. No Zimbábue, país africano que fica ao sul do continente, fronteiriço à África do Sul e Moçambique, dentre outros, a inflação chega a 100.000% ao ano. 100.000%! Nunca tinha visto um número como esse. O desemprego açoita 80% da população. O país é governado por um ditador há 28 anos, Robert Mugabe. É, pensando bem as coisas não vão tão mal assim do lado de cá do Atlântico.