sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Parada: Porto Velho 2

Ah!, já era tempo. Enfim o sol nasceu grosso em Porto Velho, na potência máxima. Dei uma caminhada de umas duas horas pela cidade e a percepção exposta no último post se confirmou. As coisas por aqui são difíceis. Comprei o jornal local, "O Estadão", e o que vi? Anúncios de corte de energia em diversas cidades de Rondônia, como em Buritis, Ariquemes, São Miguel, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno e Ji-Paraná, todas cidades importantes do estado (passei pela maioria delas, o ônibus cruza Rondônia de ponta a ponta).

Ontem não consegui me infiltrar na noite porto-velhense (perguntei para dois nativos o gentílico de Porto Velho, mas eles não souberam responder, assim apelei para o google), e creio que dei sorte. Devido ao meu cansaço decorrente de mais de um dia de viagem, apaguei. E hoje fiquei sabendo que a noite do porto, onde pretendia me embebedar após receber a dica de um taxista, é sujeira, lugar da malandragem e putaria. Cairia numa furada. O pior é que não avisto nenhum lugar onde possa me divertir um pouco. Em frente ao hotel onde me hospedo (R$ 25 diária com café e TV) há um cineminha. Hoje estréia "O Dia em que a Terra Parou", com Keanu Reeves. Na falta do que fazer, vou assistir. Deve ser uma porcaria, mas quem sabe é lá o local onde a juventude daqui se reúne?

Já tentei descobrir um barzinho, uma casa de show, uma boate, qualquer coisa, mas ninguém sabe me indicar nada. Acho que a população porto-velhense não é notívaga, prefere o dia de sol e chuva. Sim, pois ao iniciar este post o sol rachava a terra, agora a chuva já inundou as ruas.

Ainda com relação à cidade, até que o comércio é variado. Na medida do possível, encontra-se de tudo. Porém, há lojas bonitas ao lado de lotes vagos, cobertos de mato. A impressão é que somente agora a cidade vivencia o crescimento. Vários prédios estão em plena construção, ao mesmo tempo que ruas de terra ainda sujam os sapatos dos pedestres. A área do porto, cujo nome é Cai n´Água, se divide em duas: uma bem precária, semelhante às zonas periféricas dos grandes centros urbanos, e outra abarrotada de barracas que vendem cerveja e comidas variadas. Experimentei um tambaqui delicioso ontem. Mas como já disse, ao cair da noite é melhor evitar o local.

Pela tarde tirarei algumas fotos da cidade e as postarei no blog. Até mais.

PS: Quero fazer um agradecimento à internet. Somente graças a essa invenção magnífica consigo manter contato com todos e ainda por cima escutar o grande e cavernoso John Lee Hooker, para tirar um pouco de calypso do ouvido. Obrigado tempos modernos, ao menos isso você trouxe de bom.

Um comentário:

Frederico disse...

cara, uma dica:
nunca, jamais, pergunte se os locais são barra pesada. para todo mundo, todo lugar é barra pesada.

se fosse assim, tu perderia o rj pois todo brasileiro fala mal daquela pérola. imagina, viver sem conhecer santa thereza, a lapa, copacabana! e por ai vai! uma vez me disseram que soweto era uma visita uma bala, fui e me deliciei.

se algo der errado, sai correndo! ;)