sábado, 1 de março de 2008

O Açúcar da Guerrilha

Esta é Ingrid Betancour, em seu cativeiro


Imaginem ficar sequestrado(a) por seis, sete anos, na selva, passando por privações inimagináveis, sofrendo maltratos e, além disso, saber que sua situação não é caso de polícia, mas sim de política, e que seu corpo é o mais valioso trunfo de que dispõem seus algozes. E o pior, ter a certeza de que a vida de todos aqueles que frequentavam seu círculo próximo é afetada pela situação.

Esse contexto criou uma das mais belas frases que já li: "A morte me parece uma opção doce". Ela foi escrita por Ingrid Betancour, a ex-candidata a presidente da Colômbia e atual refém das Farc. Reproduzo aqui trechos de suas cartas, crédito ao Ex-blog do César Maia.

Trechos de cartas escritas por INGRID BETANCOUR a seu marido, desde o cativeiro imposto pelo grupo narco-terrorista FARC. Extraídas de El Tiempo e El País.

1. “Não tenho vontade de nada, e creio que isto é o único que está bem: não ter vontade de nada".

2. "Hoje é uma manhã chuvosa, como minha alma".

3. “Fique em paz com você mesmo, fique em paz comigo. Estou cansada de sofrer, de levá-lo por dentro, todos os dias, de dizer-me mentiras a mim mesma, e de ver que cada dia é igual ao inferno do dia anterior".

4. "Sinto que a vida de meus filhos está em stand by, esperando que eu saia e seu sofrimento diário faz com que a morte me pareça uma opção doce. "

5. "Eu te amo como naquela noite estrelada na Polinésia (durante sua lua de mel)."

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